
Portugal está no top 10 dos países mais “atacados” em jogos online
A Kaspersky analisou os ciberataques feitos em jogos online e concluiu que Portugal está no Top 10 dos países em que os utilizadores estão mais expostos a esta ameaça.
«Portugal é o oitavo país com mais utilizadores afectados por este tipo de ataques, desde o início do ano até Maio», diz a empresa de segurança. Minecraft foi o jogo mais “atacado” pelos cibercriminosos, com mais de 130 mil incidências.
Entre Fevereiro e Março, assistiu-se a um aumento de ciberataques que utilizam a engenharia social para tirar partido das fragilidades das vítimas. Mais 84% de incidentes entre Fevereiro e Março de 2020 (de 75 para 138), mais 176% de incidentes em Março de 2020 face a Março de 2019 (de 50 para 138) e mais 217% de incidentes de phishing entre Fevereiro e Março de 2020 (de 18 para 57).
Os tipos de ataques mais relatados foram os seguintes:
- Phishing que utiliza o nome de organizações ligadas à saúde para capturar dados pessoais;
- Malware distribuído através de emails ou de redireccionamento de DNS;
- Aplicações com funcionalidades no âmbito da Covid-19, mas que distribuem malware, em alguns casos ransomware;
- Fraudes digitais que recolhem donativos através de crowdfunding para a falsa compra de materiais médicos;
- Websites falsos, ou ofertas fraudulentas, para venda de materiais médicos;
- Venda na darkweb de Kits Covid-19;
- Campanhas de desinformação que culpabilizam pela pandemia grupos minoritários e Estados;
- Ransomware a serviços essenciais
Ao jogo da Mojang (que faz parte da Microsoft) juntam-se Counter Strike: Global Offensive (CS:GO) e The Witcher 3, como os jogos que mais «serviram de “isco” para ciberataques».
A Kaspersky diz que, em Abril, detectou um aumento de 54% nos ataques que tinham como objectivo «direccionar os utilizadores para websites fraudulentos relacionados com jogos online».
Entre os chamarizes está o download de «versões gratuitas dos jogos, actualizações e extensões, truques e dicas»; contudo, os ficheiros descarregados são, na verdade, programas maliciosos: «Desde malware capaz de roubar palavras-passe, a ransomware que consegue extrair criptomoedas dos computadores das vítimas», alerta a Kaspersky.